Múrmuro

Amanda,
Me perguntas como reagi a tudo isso, que devo eu dizer? Que a dor me levou mais que a felicidade? Que levou minha poesia? Que levou minha vida?
Não Amanda não sei o que me ocorreu, fiquei desperço, tresloucado, desvairado, eu já não era eu, era dor!
Dizer que tu me causaste isso pode suar um absurdo, mas que posso eu dizer se não isso? Dediquei a ti meus versos, minha prosa, minha felicidade, minha vida e tu não se compadecesse do meu caminho infernal nem por um instante, eu nunca quis que você o seguisse, apenas que não me deixasse.
O inferno é brutal Amanda e a solidão me veio como uma fera selvagem destruidora, eu não tinha ninguém, até tu havia me deixado. Ainda me pergunto porque!
Te carreguei no colo pelo teu inferno, te servi como alicerce pelos dobramentos do teu caminho, te servi de escudo, fui teu companheiro incodicional, talvez por isso me largaste, te supri as necessidades e já não era mais util.
Me usaste? Fui apenas um degrau? Como quero escutar uma negativa da tua boca a essas perguntas.

Amanda do latin digna de ser amada

Tristes ruídos

Pensamentos não me vem ordenados
E a poesia me foge como nunca antes
Na intensa loucura dos sonantes
Na poesia de todos os bardos

O pensamento dos desequilibrados
São menos loucos os atuais vates
São muitos os distúrbios dos baronetes
Maiores que os cavaleiros barrancudos

O choro dos surdos mudos
São a glória dos vis amantes
Na minha falta de consoantes
Apenas murmuro tristes ruídos

Thyago C Correia

Marina inspirando os meus ainda pelos seus