segunda-feira, julho 30, 2007

Ela é puta

Tinha quatorze anos, mas um corpo escultural que demonstrava toda a beleza da jovem Kalynne, olhos azuis num corpo moreno e seus cabelos, esses formavam belos cachos que pendiam de sua bela cabeça. Quando Renato a olhou pela primeira vez. Ele com seus vinte anos era robusto e com os cabelos vermelhos como o fogo. Casaram-se poucos meses depois.
Nem um ano se passara desde o casamento e a primeira filha já nascia. No parto a jovem Kalynne faleceu, deixando seu amado marido e sua filha recém nascida sozinha no mundo. Renato para ter sempre a lembrança de sua jovem e amada mulher, resolve botar naquela criaturinha o nome de Kalynne, assim como a mãe dela tinha sido.
Os anos mostraram uma jovem dedicada e amorosa, completamente devotada ao pai, já aos onze cozinhava ela mesmo todas as refeições, arrumava toda a casa e lavava as roupas do pai. Renato gostava daquilo, tinha perdido a mulher, mas ganhado uma filha bela e gentil, totalmente devotada a ele. Pensava “Fica cada dia mais parecida com a mãe”.
Realmente era assim que Kalynne ficava, cada dia mais parecida com a mãe em suas formas e seus gestos, era como se a mãe tivesse rejuvenescido até virar um bebê e poder crescer novamente. Kalynne era a réplica perfeita da própria Kalynne. Renato percebia isso e gostava, gostava muito daquilo, ele chegava a agradecer a Deus por isso.
Finalmente Kalynne fazia seus quatorze anos, a idade em que Renato conheceu Kalynne e aquilo; aquilo mexeu diretamente com a cabeça de Renato, mexeu tanto que ele não segurou sua sanidade. Esperou a noite cair e foi ter com Kalynne, sua filha, deitou do seu lado na cama e passou a mão entre suas pernas, fazendo sua filha tremer toda, ele continuou a passar suas mãos pelo corpo da jovem, que não soltava nem um ruído, depois de possuí-la levantou e foi deitar-se novamente.
O dia surgiu nublado, Kalynne levantou-se na mesma hora de sempre, preparou o café dela e de seu pai, ele quando adentrou na cozinha mostrava um aspecto triste, acabado, beirava as lágrimas e quando viu sua filha finalmente as lágrimas caíram, ele chorou, chorava e abraçava sua filha pedindo-lhe entre lágrimas desculpas por seu ato noturno. Renato jurava a sua filha de joelhos que não aconteceria novamente e ela com toda sua docilidade acreditou e perdoou seu pai.
Passaram-se duas ou três semanas na mais perfeita calma. Renato e Kalynne vivam em perfeita harmonia como sempre foi, mas aquela paz haveria de terminar, Renato não agüentou mais, a noite caiu fria e ele assim que seus vizinhos apagaram suas luzes, foi novamente ter com Kalynne, deitou-se do seu lado e novamente passou a mão entre as pernas de sua filha, repetindo todo o terror da fatídica noite anterior a calmaria.
Na manhã seguinte consumido pela culpa, Renato saiu de casa para trabalhar e nunca mais voltou, Kalynne chorou um, dois, três dias sem parar, mas continuou sua vida. Toda a vizinhança a admirava, os comentários de sua beleza agitava todos os vizinhos, a jovem de quatorze anos que vivia agora só, era o maior símbolo de gentileza e beleza de toda a região.
Os anos se passaram gentis para a também gentil Kalynne, sua beleza amadureceu e desabrochou ainda mais, ela era com toda a certeza a mais bela de todas as jovens da região, ela agora tinha vinte e cinco anos e ostentava um belo busto que não ia sozinho, vinha acompanhado de belas ancas e uma cintura que fazia inveja a todas as mulheres, seus olhos azuis e seus cabelos negros encantavam a todos.
Uma tarde primaveril Kalynne estava agachada cuidando de seu jardim quando um homem forte e ruivo invadiu sua casa e a pegou de surpresa, sem chance para que a doce Kalynne se defender. Ele a jogou no sofá arrancado-lhe as roupas furiosamente como um animal no cio, ele a violentou e humilhou de toda forma que podia a inocente Kalynne. Horas se passaram até que ele a deixasse apenas com uma imagem, seus cabelos ruivos, vermelhos como o fogo, vermelhos como os de seu pai, ela chorava sem parar, chorar era a única coisa que ela podia fazer, ali ela chorou até o dia nascer.
Quando o dia nasceu Kalynne tomou banho e se arrumou, saiu de casa e não retornou. A noite ela apareceu na movimentada Rua Vermelha. A Rua Vermelha era o lugar preferido pela maioria das putas da cidade, mas agora ela não se chamava mais Kalynne, ela se chamava Tiara. Tiara logo ganhou clientes fieis, uma puta bonita e que fazia bem seu trabalho, ela transava como nenhuma outra puta.
Tiara realmente nasceu para o que fazia, adorava o sexo; até que então um belo dia de trabalho ela conheceu o jovem e viril Pedro, Pedro fez sexo com ela como nenhum dos outros clientes dela tinha feito, não parecia estar fazendo sexo apenas com ela, ele entrava em comunhão com ela, ele a fazia gozar, pela primeira vez em toda sua vida Tiara fez amor e não sexo, ela finalmente conheceu o amor.
Tiara agora que conheceu o amor sentia em seu corpo o fogo da paixão, ela sonhava com o jovem viril com quem tinha tido, o nome Pedro ressoava em sua mente de forma tão ardente que ela não conseguia mais se concentrar em nada. Na noite que sucedeu seu encontro com Pedro ela recusou ferrenhamente todos os homens, de fato ela já não sabia se conseguiria ir novamente para cama com outro homem.
Passaram-se exatos cinco dias até Pedro voltar, Pedro agarrou o braço de Tiara e a arrastou para um motel barato onde era costumeiro as putas fazerem seus programas. Tiara mal conseguia falar e foi calada todo o caminho. Ao entrar no quarto Pedro finalmente falou, deixando seus sentimentos mais profundos saírem.
- Eu fui seu vizinho, sempre fui apaixonado por você, desde a primeira vez que a vi, nunca tive coragem de chegar perto de você, de falar o que sentia, quando você partiu, me desesperei, a procurei por todos os lados até que finalmente a encontrei, quando a vi aqui me irritei profundamente a mulher casta que eu amava agora era um puta, fiz sexo com você e fui embora.
- Foi o melhor homem com quem já me deitei. Disse Tiara apavorada pelo que ouvia- Eu não consegui mais parar de pensar em você e a cinco dias não faço um programa. Continuou a jovem.
- Naquele dia eu achei que conseguiria esquecê-la, mas não foi assim, aquela noite me fez amar ainda mais você, eu tinha de voltar e te dizer isso, larga essa vida e vem comigo. Falou Pedro.
Tiara saiu dali com Pedro, foram para casa de Pedro onde ele apresentou sua jovem e gentil noiva, Kalynne, os pais de Pedro logo que a viram e a reconheceram, não conseguiam expressar tamanha felicidade pelo acontecido, Pedro haveria de se casar com a jovem mais doce e gentil que o mundo conhecia, Kalynne. Porém a pergunta tinha de ser feita. O pai de Pedro a olhou, aquelas roupas... e perguntou.
- O que você faz? Minha jovem
- Ela é puta. Respondeu energicamente Pedro
A sala entrou num silêncio profundo. Pedro beijando sua amada parecia não se importar com a revelação que tinha feito. Tiara que agora novamente se chamava Kalynne também pareceu não se importar. Voltou para sua antiga casa e a limpou como se nunca tivesse saído de lá. Casaram-se apenas um mês depois e viviam relativamente bem, até que Pedro perdeu seu emprego, logo perderam a casa, Pedro não via mais saída, quando Kalynne teve uma idéia, colocou suas roupas de Tiara, saiu de casa aproveitando que Pedro dormia e antes que ele acordasse voltou, com dinheiro.
Ao ver aquele dinheiro Pedro espantado perguntou.
- Onde você o conseguiu?
- Fui trabalhar, sou puta. Respondeu prontamente Tiara.


Thyago C Correia

2 comentários:

Iayna disse...

KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
-Sou puta, vou trabalhar!

oras... e não é verdade?
gostei muitooo! trágico e cômico!

beijo Thy

Anônimo disse...

kkkkkkkkkkkkkkkk

engraçado ficou msm..
e de romantico ai n tem nda vui?!
auihauihauihauihauiah

mas ficou mto bom..

:**