Felino doméstico
indomesticável.
Cura pra
solidão, pra tristeza e coisas mais da vida
Ronronando mil
palavras feias na cama
E gritando
palavras de ordem e amor
Ora ora,
coisas sem sentido, palavras de temor
Que mulher
não me deseja num retrato 3x4 na carteira
Leão feroz,
banguela.
Com coleira
de pedras preciosas
Chorando versos
de temor e palavras de ordem
Gritando versos
feios e sem sentido
Que foto 3x4
não deseja ser essa mulher na cama
Enquanto me
encanta outra desventura qualquer
Não pretendo
ser o politicamente correto
É o
incorreto que me atrai
Não é o
cachorro abanando o rabo que me distraí
Não é o
rabo, nem o cachorro, nem o correto
A disposição
das palavras se retorce em sonhos
Sonhos vagos
de paraísos perdidos e reconquistados
Paranoia
vocal vocabular, laço da língua vulgar
Que me ata
em meus desejos felinos
Sou mais um
desses felinos domésticos indomáveis
Parte do
poetariado, como dizia Antônio Carlos
Não o Jobim,
mas o Belchior.
Em uma de
suas respostas à carta de fã
Thyago C Correia
Junho de 2013
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