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Nunca esqueci Carmem devo admitir, mas eu passava dos trinta e ainda não tinha encontrado o conforto de uma família. Muitas mulheres passaram pela minha vida. Algumas me fizeram grandes favores. Outras me usaram da melhor maneira possível. Meus pais sempre quiseram um neto. Meu irmão ainda os atendeu em vida. Eu passava dos trinta. Na verdade já passava dos trinta e cinco Então resolvi que a próxima mulher que entrasse na minha vida eu casaria e teria um filho.
Passei meses sozinho com minhas garrafas e cigarros. Ocupado com um projeto novo. Um romance. Foi o meu primeiro. Chamou-se A palavra é a Ambrósia do homem. Na noite de autógrafos encontrei Isis. “Em nome de quem?”. “Isis, por favor”. Que sorriso lindo. Eu ainda não sabia negar nada a um lindo sorriso. “Ao sorriso mais belo de uma das noites mais entediastes da minha vida. Isis. Com carinho Magnus Corrêa e Casto”. Trocamos telefones. Já me sentia apaixonado por ela.
Nas semanas seguintes todos meus esforços foram focalizados em ganhar um beijo dela. E que beijo. Esperaria até mais para tê-lo. Foi uma paixão súbita e rápida. Eu me perdi completamente nos olhos dela. Que olhos. Que sorriso. A cada dia que se passava mais eu me apaixonava por ela. Em seis meses marcamos o casamento. Treze de julho de mil novecentos e oitenta e cinco. Foi um belo casamento. Cedi aos anseios de Isis em casar na igreja.
Na lua de mel encomendamos nosso primeiro filho. Uma filha na verdade. Demeter nasceu linda no fim de abril do ano que seguiu ao do nosso casório. Demeter Corrêa e Casto. Nasceu com pouco mais três quilos. Ela era linda. Eu não acreditava na beleza que tinha minha filhinha. Isis tinha me concebido a paternidade e eu a amava por isso. A essa altura já tínhamos comprado tudo para Demeter. Seu quarto era amarelinho com penduricalhos por todos os lados.
Em meados de julho Isis me deu a noticia que engravidara novamente. Por deus. Eu fiquei louco de felicidade. Praticamente já não bebia e os cigarros tinham se tornado muito rarefeitos. O que tinha feito da minha vida um pouco mais saudável. Isis e Demeter me davam inspiração diária pra poesia. Eu continuava vendendo cada vez mais. Minha filha cada dia que passava ficava mais linda. E agora eu seria novamente pai. Nesse dia tive uma imensa saudade dos meus pais. Chorei por eles. Chorei pelo meu filho que ia nascer. Chorei de amor por Isis e ainda mais por Demeter.
sábado, fevereiro 04, 2006
Autobiografia de Magnus Corrêa e Casto - Parte IV
Postado por
Thyago C. Correia
às
13:37
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Um comentário:
torcer pra que ele não deixa isis pela primeira de 20 que aparecer né?
qnd posta o proximo?
aguardo ansiosa!
beijos
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