sexta-feira, novembro 28, 2008

Ensaiando para ser eu

ENSAIO SOBRE O AMOR

“Acho que todo amor é eterno e, se acaba, não era amor. Para mim, o amor continua além da vida e além da morte.” Nelson Rodrigues

“O verdadeiro amor nunca se desgasta. Quanto mais se dá mais se tem.” Antoine de Saint-Exupéry

É preciso amar as pessoas como se não houvesse o amanhã” Renato Russo

Creio esse ser um dos mais polêmicos temas dos quais pretendo ensaiar. Temo por ser infeliz em algum momento e não conseguir transmitir o que realmente desejo, mas não tenho a pretensão de criar aqui dogmas universais sobre algum tema, mas sim mostrar minha verdade sobre algum tema, por isso não coloquei apenas uma frase, mas três.

Eu sou um defensor ferrenho da visão do meu amigo Nelsinho[1], sempre fui, e sempre serei, acredito que se acaba não era amor, por isso sempre relutei em dizer “te amo” para alguma mulher, não sei se é ou não amor, quando acaba eu sei, não era.

A alguns que dizem “existe vários tipos de amor” e começam narrando, os tipos em que acreditam, na minha visão a coisa mais monstruosa que alguém pode fazer é rotular o amor, amor é amor e pronto, simples assim[2], alguns relutam quando falo isso, creio que amor só existe um, porém com formas distintas[3].

Vou falar sobre essa de “formas distintas”. O tal tipo de amor que falam as pessoas, eu chamo de forma distinta, veja que amo minha mãe de uma forma, meu pai de outra, meu irmão de outra, mas ainda sim é amor.[4]

Ou o amor é para a eternidade ou nunca existiu; como Nelsinho eu sei disso, é minha verdade, e nunca acaba, por mais que eu dê, por mais que eu possua, ele não passa, ele não acaba, ele não se esgota, aí entra meu amigo Exupéry[5], que atinge no âmago do assunto.

Creio que não existe algum leitor meu, ou não leitor, que não tenha ouvido a célebre frase do Renato Russo, então meu amigo, isso é bíblico[6], isso ouso a dizer é uma verdade universal, ame como se não houvesse amanhã, por motivos simples e óbvios, pode não existir um amanhã.

Chegando até aqui podem perguntar, “Thyago você nunca amou uma mulher”[7], minha resposta é bem simples, não sei se amei, ou se amo uma mulher, afirmo que me apaixonei diversas vezes, me senti atraído outras vezes, mas posso assegurar que se passou não era amor.

Não acredito que um amor possa substituir outro, isso porque amor não passa, já ouvi, “eu já te amei”, e no meu intimo eu digo “dane-se”, se passou não era amor, é algo além da vida e da morte, não se substitui, não quero dizer que se por ventura eu ame uma mulher nunca mais beije outra, não, acredito em paixões[8] e amor e paixão são coisas completamente diferentes.

O amor deve ser livre de preconceitos ou de conceitos, amor é amor e pronto, ele não tem forma certa ou lugar certo, ele apenas existe, ele não acaba, ele não morre, ele não deixa, o amor é algo que é sempre mais, se acaba não é amor.


[1] Como já falei em outro ensaio, gosto de sentir-me intimo de meus ídolos, por isso os chamo carinhosamente pelo diminutivo de seu nome.

[2] Como se amor fosse algo simples.

[3] Agora vocês meus leitores devem estar pensando. “Agora Thyago enlouqueceu de vez”.

[4] Meus pais e meus irmãos digo com certeza, é amor.

[5] Para meus leitores mais desatentos, Exupéry é o autor de “O Pequeno Príncipe”.

[6] Quem me conhece sabe que não sou cristão, pretendo tratar disso em um outro ensaio

[7] Não creio que minha mãe esteja inclusa na pergunta.

[8] Pretendo ensaiar sobre a paixão.

Nenhum comentário: