Rodrigo era um gordo de meia idade rico e bem sucedido, que casara com uma linda jovem 20 anos mais moça, Leda linda morena de seios durinhos, um belo par de pernas e uma bunda de fazer inveja a todas as madrinhas de bateria, e isso fazia de Rodrigo o homem mais cheio de certeza que se pode encontrar, apesar de nunca ter encontrado motivo algum, ele não tinha dúvidas, era corno.
- É batata senhor André, digo mais é batatíssima, minha mulher me corneia e eu quero que você descubra com quem.
Disse a André detetive particular que tinha contratado para seguir e descobrir as traições da mulher, André que não dispensa um bom dinheiro, nem pensou duas vezes antes de aceitar o caso e sair atrás de Leda, mulher de Rodrigo.
André logo na primeira semana constatou o que era sabido por muitos, Leda era uma verdadeira santa, mulher honesta e cheia de boa vontade, uma participante ativa das atividades da igreja.
Uma vez ou outra André tinha a quase certeza de pegar em flagrante Leda, mas sempre era surpreendido por alguma atividade de obra caridosa. Certa vez Leda saiu de casa com uma saia e uma blusinha que deixou André atordoado ele a seguiu avido de encontrar a mulher pulando a cerca, mas logo percebeu que ela estava indo ajudar a distribuir comida aos pobres.
No fim da segunda semana André foi até Rodrigo e disse:
- Santa! Sua mulher é uma santa, não te bota nem seque um único par de chifres, nem com fantasmas!
Rodrigo não quis nem saber, afirmou novamente seu conhecimento e pagou por mais três semanas inteiras e como Leda era realmente uma mulher que dava gosto de olhar, achou por bem atender o pedido do homem.
E mais três semanas se passaram com André olhando Leda e a desejando, já sonhava em pegar a mulher do “patrão” pulando a cerca e quem sabe fazer alguma chantagem com ela e ganhar ao menos uns beijinhos.
Para desespero de Rodrigo que não se conformava em não ser corno e para a tristeza de André que desejava ver alguma sacanagem com Leda, ela era uma mulher pudica, nada, nessas três semanas ela não traiu uma só vez Rodrigo, ela era uma mulher fiel.
Acabando as três semanas André foi até Rodrigo relatar que nada tinha encontrado que desacreditasse sua bela esposa.
- Santa! Sua mulher é uma santa, não te bota nem um par de chifres, nem com fantasmas!
Rodrigo ensaiou um protesto, quis levantar e brigar com André, pensava “Que canalha, contrato um detetive e o sacana não faz seu trabalho”, mas quando seus lábios começaram a se mover uma dor no peito o calou, levou aos mãos até o peito e num último suspiro se estatelou novamente em sua cadeira.
André tomou as primeiras providencias para salvar a vida de Rodrigo, levou ao hospital e avisou a possível viúva, esperou no hospital até sua chegada e depois ajudou a acalenta-la, quando o médico veio conversar com ela e dar seu parecer, André deu seu ombro e ajudou a se restabelecer.
- A senhora tem de trair seu marido ou ele vai morrer.
Por fim disse André a Leda que não pensou duas vezes, deu-lhe um tapa, daqueles bem sonoros, daqueles ardidos que doem mais na honra do que propriamente na alma, virou-se e apontou a saída do hospital sem mais olhar na cara de André.
Uma semana depois Rodrigo recuperado do seu infarte voltou pra casa ao lado de sua santa mulher, olhava pra ela com um ar de frustração, mas ainda sim com uma certeza, era corno. Leda olhava seu marido com tamanho afeto que não conseguia enxergar mais nada em sua frente, chegou em casa e o acomodou confortavelmente, depois tomou um banho demorado, se perfumou e por fim vestiu um vestido curto colado a seu corpo, foi até o marido deu-lhe um beijo e disse:
Tenho compromisso, não se preocupe em me esperar.
Saiu de casa e foi encontrar com André, que já esperava por ela no local onde tinham marcado.
- Amo meu marido, por ele até traio se for preciso.
Disse Leda meigamente, desabotoando a camisa de André e acariciando seu peito desnudo.
Thyago C Correia.
10 de Novembro de 09
terça-feira, novembro 10, 2009
A traição.
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Thyago C. Correia
às
14:40
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